INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DE MULHERES SUBMETIDAS À QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE PARA O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Objetivo: Avaliar a influência do nível de AF na QVRS de mulheres submetidas à quimioterapia neoadjuvante com esquema adriamicina e ciclofosfamida (AC) para o tratamento do câncer de mama

INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DE MULHERES SUBMETIDAS À QUIMIOTERAPIA NEOADJUVANTE PARA O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

RESUMO – Pôster

Julia de M. R. Medina, Suzana S. de Aguiar, Luiz Claudio S. Thuler, Anke Bergmann

Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

Objetivo: Avaliar a influência do nível de AF na QVRS de mulheres submetidas à quimioterapia neoadjuvante com esquema adriamicina e ciclofosfamida (AC) para o tratamento do câncer de mama. Materiais e métodos: Estudo de coorte prospectiva em mulheres diagnosticadas com CM, com indicação de quimioterapia neoadjuvante (QTNeo) com esquema AC, no período de 04 de abril de 2016 a 02 de agosto de 2017, no Hospital do Câncer III (HCIII/INCA). As pacientes foram submetidas à entrevista, exame físico e aplicação dos questionários no momento da inclusão no estudo (consulta de primeira vez com o médico oncologista da instituição) e após 21 dias do término do 4º ciclo da QTNeo com esquema AC. Foi considerado como desfecho do estudo a QVRS, avaliada por meio do questionário EORTC QLQ-C30 3ª versão (European Organisation for Research and Treatment of Câncer Quality of Life Questionnarie) e do módulo específico de câncer de mama – EORTC QLQ-BR23. Como exposição principal, foi considerada a AF, avaliada por meio da versão longa do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), sendo avaliada no período pré-diagnóstico e após o esquema de QTNeo com AC. Este projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Nacional de Câncer, sob número do parecer 1.400.320 (CAAE 51100615.7.0000.5274). Foi realizada análise descritiva da população e análise de regressão linear simples e múltipla entre os níveis de AF e os domínios de QVRS, considerando o intervalo de confiança de 95%. Resultados: Foram incluídas 253 mulheres, com média de idade de 50,87 anos (±DP 10,62). Após ajuste por fadiga, ao associar o nível de AF pré-diagnóstico e a alteração da QVRS após QTNeo, aquelas mulheres que realizaram níveis mais altos de AF, apresentaram melhor QV global (Beta 4,06; p=0,040). Não houve diferença estatisticamente significante entre o nível de AF após a QTNeo e os domínios da QVRS. Conclusão: As pacientes que realizaram níveis mais altos de AF pré-diagnóstico apresentaram melhor QV global após QTNeo com esquema AC e não houve diferença entre os grupos ao avaliar os níveis de AF e QVRS após o esquema quimioterápico AC.

Palavras chave: Neoplasia da mama, Qualidade de vida, Exercício, Antineoplásicos.